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Vacina 2021: os preparativos para a imunização em massa e os desafios futuros

Hoje, 17 dezembro de 2020, o STF concedeu uma liminar permitindo que os estados e municípios brasileiros distribuam a vacina contra a COVID mesmo se a Anvisa (Agência Nacional de vigilância sanitária) não autorizá-las dentro de um prazo de setenta e duas horas, isso com a concessão de autoridades sanitárias estrangeiras, uma vez que alguns países já começaram o seu programa de vacinação para conter o surto.

No momento, quatro vacinas já estão em seus testes finais para começar a serem colocadas em prática no início do ano que vem, 2021. As vacinas são:

* Sinovac - Vacina produzida na China em parceria com o instituto Butantã, de SP.

Ela é feita com o próprio causador do Coronavírus e começou a ser desenvolvida em 2002, após o surto de Sars-Cov2 na Ásia, essa vacina utiliza esse mesmo tipo viral já morto e, pelo fato do vírus estar em estágio inativo, ela pode ser usada contra gripes, fortes resfriados e raiva. É a vacina mais cotada para apresentar bons resultados em 2021 no Brasil.


* Vacina de Oxford - Como o nome já diz, essa vacina começou a ser estudada e desenvolvida por pesquisadores da universidade britânica de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, contém um vírus inofensivo misturado a um pedaço do código genético do novo coronarívus. O produto já está sendo testado em voluntários brasileiros e em parceria com o instituto Oswaldo Cruz.


* Jansen Cilag - produzida pela divisão farmacêutica da Johnson&Johnson. O imunizante é composto por um vetor de adenovírus tipo 26 (Ad26), construído para codificar a proteína S do vírus Sars-CoV-2, responsável pela covid-19.

O estudo deve ser realizado com até 60.000 pessoas, com idades de 18 a 60 anos. No Brasil, os testes autorizados pela Anvisa serão aplicados em sete mil voluntários à partir de janeiro.


* Pfizer - A vacina da Pfizer também carrega um RNA mensageiro, que estimula o organismo a produzir uma proteína específica do coronavírus. Depois de produzida, o sistema imunológico pode reconhecer a vacina como um antígeno e, assim, cria imunidade contra a doença. a vacina da Pfizer foi 95% eficaz na prevenção de COVID-19 entre aqueles que foram monitorados por uma média de dois meses após receber sua segunda dose. Países como EUA, Reino unido e Arábia Saudita já começaram seus programas de vacinação e utilizaram essa vacina.


Antes de serem liberadas pelas vigilâncias sanitárias e de saúde, todas essas vacinas precisam passar por testes, o primeiro é chamado de "pré - clínico" para avaliar outras vacinas usadas em doenças parecidas e avaliar a segurança das mesmas para ser testadas em animais (cobaias) e depois em humanos. Paralelamente a isso, os pesquisadores também medem a resposta imunológica provocada pela vacina nesse pequeno grupo de pacientes, mas esse é um resultado secundário. Por se tratar de um grupo limitado, não é possível concluir a eficácia do composto, mas é possível perceber se os indícios são ou não encorajadores para o prosseguimento da pesquisa.


O próximo passo é verificar se a vacina causa efeitos colaterais nesses voluntários e quais são eles. O objetivo é ver como o organismo responde à vacina e já ter informações mais claras sobre a eficácia da mesma, se os anticorpos produzidos são os esperados e se ela realmente tem potencial para imunizar os voluntários contra o vírus.


Depois é quando começam de fato os testes, seguindo uma certa linha, como por exemplo, no caso da vacina contra a COVID-19, aplicar em voluntários idosos e os considerados grupo de risco, para confirmar os efeitos da vacina e ter realmente a certeza de que uma segunda dosagem será eficiente nessas pessoas. Já estamos nesta terceira fase uma vez que vários países já iniciaram sua vacinação maciça.


Em São Paulo, o programa de vacinação começará no dia 25 de janeiro, curiosamente aniversário da maior cidade do nosso país. Os primeiros voluntários a receberem a primeira dose serão os profissionais de saúde, idosos e claro, os grupos de risco, principais vítimas do novo Coronavírus. Ainda há muita expectativa sobre essa vacina porém há muita gente com medo de seus efeitos colaterais e muitas vezes, se deixam levar por conspirações como "pode afetar a fertilidade das mulheres", "pode afetar o sistema cardíaco", ou pior.... "tome qualquer vacina menos a chinesa", por sinal, a que mais pode trazer resultados positivos para os brasileiros, porém aqui, o campo ideológico responde primeiro.


Recentemente o presidente Bolsonaro afirmou com todas as letras que não tomará a vacina e que, por ele, nenhum brasileiro tomaria, já que elas estão sendo produzidas em parceria com países comunistas e que criticam o governo dele, até mesmo ditaduras extremistas já começaram seu programa de vacinação pois souberam colocar a vida das pessoas em primeiro lugar, sem discutir ideologia política, esses países foram até mesmo elogiados pela OMS (organização mundial de saúde).


Para entender mais sobre o plano brasileiro de imunização para o próximo ano, escute o podcast do G1:




É sempre bom sermos críticos em relação a qualquer tipo de coisa que envolva saúde, política, economia e tempos como esse, atípicos, no entanto, é válido adquirirmos bom senso, julgarmos as coisas como elas realmente são e aparentam ser, não falarmos de tudo o que ouvimos simplesmente porque aquilo parece correto ou mais parecido com a sua forma de pensamento, não ideologizar coisas que não devem ser ideologizadas, pararmos de querermos ser sempre astutos. A vacina é claro, uma esperança para todos, mas é importante que estejamos sempre atualizados e bem informados com esse novo assunto, é passarmos a nos interessar mais por ciência porque 2020 nos provou que ela agora é parte de nossas vidas e da nossa rotina, é sempre procurar saber o que está por trás de todas essas novas e incríveis descobertas e desejar que daqui para frente, sejamos um mundo melhor, que aprendeu muito em meio a tanta tragédia e infelicidade.


Fontes de auxílio:



Para saber mais sobre:



Por: Beatriz D'angelo/Lybia Abaaoud








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