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Rússia X Ucrânia: Novas tensões que podem decidir um futuro sombrio no Leste Europeu

Recentemente, a região da Criméia passou a ser de novo alvo de uma disputa entre o governo russo e entre as chamadas "Forças de Kiev". Nos três primeiros meses de 2021, cerca de 50 soldados Ucranianos morreram e a onda de combates tomou um ritmo ainda mais violento desde 2014, quando tudo começou. A presença de morteiros e artilharias pesadas tornaram o cenário do Leste Europeu ainda mais cinzento e sombrio.


A Ucrânia vem acusando a Rússia de enviar rotineiramente tropas e material bélico para a região da Criméia e isso fez com que milícias do país penetrassem na fronteira e matarem soldados do lado russo, de forma metódica. Sendo assim, o ministério de defesa do Kremlin deixou claro que "qualquer ataque contra a soberania de Moscou, será respondido com ações ainda mais violentas", o que fez com que a OTAN se preparasse para uma possível intervenção na região que parece estar cada dia mais tensa.


O papel da OTAN e da União Europeia neste conflito não é novidade para ninguém. Desde que o presidente americano, Joe Biden, afirmou que retiraria suas tropas do Iraque e possivelmente do Afeganistão, os olhos do mundo ocidental começaram a se voltar para essa região que vive um período decisivo desde 2014. Demonstrar apoio à Ucrânia é uma forma de retaliar os contra ataques russos na região e de isolar a Rússia desta parte do mundo, afinal, o regime moscovita sempre teve um amplo domínio da Europa do leste e sempre ajudou a gerar a renda que ali era distribuída para metade do continente europeu.


Estaria a Rússia agora isolada de vez?


Talvez não, pois o massivo apoio que o governo de Vladmir Putin tem de 80% da população da Criméia e de alguns regimes da região, já favorece a implementação de mais tropas em áreas estratégicas do leste europeu e também segue mantendo a economia das "nações eslavas" em pé, mesmo durante esse período tenso. A Rússia continua sendo uma potência militar, bélica e econômica no mundo e isso ainda é esquecido por muitos analistas que cobram um posicionamento prático do governo ucraniano.


Já as novas relações diplomáticas que o novo presidente dos EUA planeja acertar inclui a realização de uma cúpula com o presidente russo para discutir a presença de tropas na região de Simferopol. Dois navios de guerra americanos devem chegar ao Mar Negro nesta semana em resposta ao que autoridades dos EUA e da Otan dizem ser o maior envio de forças russas, com milhares de soldados, desde a anexação da região Crimeana. Biden levanta o tom assim como seu antecessor, Donald Trump, fazia ao falar sobre a Rússia, acusa o Kremilin de espionagem, interferência nas eleições de 2016 e invasões cibernéticas, mesmo que sem provas.


O comprometimento dos russos em manter a sua soberania na região é algo condenável aos olhos do ocidente desde o fim da União Soviética em 1991. É possível notar uma retórica pesada e contundente de Moscou ao falar dos problemas na região e demonstrar que o papel dos Estados unidos é nos negócios da Otan e não ali.


O presidente Ucraniano, Volodimir Zelenski enviou um convite para se reunir com Putin em março, porém a solicitação não foi atendida devido ao alto nível de alertas para possíveis ataques na fronteira entre os dois países. No entanto ainda há esperanças para se evitar um conflito sangrento no leste europeu e o fim de uma conquista brilhante para o povo russo e crimeano.



Por: Lybia Abaaoud/Beatriz D'angelo


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