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Por que ler "A questão Palestina" e se interessar pela causa?

O livro A questão palestina é um documento ultra importante do professor de ciências sociais e políticas, Marcelo Buzzeto, para quem se interessa pela causa árabe ou simplesmente quer ter um conhecimento mais aprofundado sobre o conflito que envolve Palestinos e Israelenses desde 1948.

O material começa dando destaque a história da Palestina histórica, muito antes da invasão sionista, dos colonizadores Britânicos, franceses e Turcomanos, povos esses, que ocasionaram os primeiros sofrimentos do povo árabe naquele território. O livro se desenrola apresentando a história do conflito entre árabes e judeus, a formação dos partidos políticos na Palestina, em especial os de esquerda e entrevistas com os líderes desses movimentos de resistência que hoje são presos políticos, o motivo? Eram defensores da liberdade de seu povo.

Ler e entender a questão palestina não é um trabalho árduo para quem se diz favorável a justiça e ao anticolonialismo, o problema talvez seja na complexidade de resolver um conflito histórico que já permeia por 72 anos naquela região e, antes de mais nada, o documento faz questão de deixar claro que não se trata de uma "guerra" religiosa, entre Judeus sionistas e terroristas islâmicos, mas entre um exército altamente poderoso que se utiliza de meios covardes para atacar seus inimigos e entre uma população desarmada, que teve seus direitos roubados e seus sonhos destruídos por viverem em sua própria terra.

A atual situação na Palestina não é uma novidade para quem tem acompanhado o conflito e as intifadas nos últimos seis anos, quando se deu início a mais longa e covarde batalha na faixa de Gaza, soldados israelenses que ocupam a Palestina desde maio de 48, se recusam a respeitarem o decreto da ONU e devolverem os assentamentos roubados aos árabes que mal tem como se defenderem. O conflito entre esses povos começou há muito tempo quando o que deveria ser apenas um refúgio para os judeus perseguidos pelo regime nazi-facista na Europa, se tornou um caos na região do oriente médio após a criação do "Estado de Israel", que entre os anos 48 e 67, rasgaram o armistício proposto pelas nações unidas e ocasionaram uma guerra proposital contra o povo árabe para controlarem territórios que deveriam ser dos palestinos, dos jordanianos, dos Sírios ( aqui cito em especial as colinas de Golã ) e dos Egípcios, como se não bastasse, os israelenses ainda queriam tomar o sul do Líbano, mas a sorte não tomou conta deles naquela vez. Desde então, o conflito permanece com a morte de civis de ambos os lados, o povo palestino com seu território e exército cada vez menor e os países que ajudaram a criar esse caos, hoje não conseguem encontrar uma solução para resolverem esse monstro de sete cabeças. Todos os dias, milhares de palestinos são presos ou executados em ruas públicas, têm suas casas confiscadas ou até mesmo seus passaportes recolhidos por ousarem se defender dos sionistas, a mídia que deveria se posicionar ao lado desse povo oprimido, só se mostra cada vez mais favorável aos desejos dos americanos de colocarem os árabes muçulmanos como os terroristas assassinos de judeus e os Israelenses como pobres coitados que usam suas armas e tanques de guerra para se defenderem, Oras, me parece que a nova ordem mundial assassinou o Comunismo e colocou Israel como o epicentro do domínio de povos e poderio bélico.

A verdade é que o que acontece hoje na Palestina é um genocídio, uma verdadeira limpeza étinica, onde se faz jus ao que os palestinos têm de maior valor, a terra de jerusálem, o que em pouco tempo, foi perdida para um exército imperalista e capitalista. Qualquer pessoa que viaja à Israel, testemunha a brutalidade dos sionistas contra a população palestina, é muito comum andar pelas ruas de jerusálem em plena sexta feira e ver soldados proibindo a entrada dos muçulmanos nas mesquitas da região, ver crianças palestinas sendo presas de repente, sem qualquer contato visual anterior com os militares, ou até mesmo os dois lados se encarando como se estivessem prestes a se atacarem em um campo de batalha, afinal, hoje o que se entende da "terra de ninguém", como chamava Saladino, é realmente um campo de batalha e enfrentamento.

As notícias da covardia israelense veiculam todos os dias na mídia, porém pouco se é notado quando o jargão "terrorismo" não vem à tona nessa situação.


* https://g1.globo.com/mundo/noticia/aos-21-anos-enfermeira-voluntaria-da-palestina-e-morta-em-gaza-israel-diz-que-investigara-o-caso.ghtml ( Enfermeira de 21 anos é morta nas fronteiras Israelenses após socorrer jovens palestinos )


* https://midianinja.org/tulioribeiro/israel-ja-mata-uma-crianca-a-cada-tres-dias/ ( Israel mata uma criança palestina a cada três dias )


* https://www.causaoperaria.org.br/estado-criminoso-israel-bombardeia-escola-e-assassina-tres-criancas-na-palestina/ ( Israel bombardeia propositalmente escolas matando crianças com menos de cinco anos )


* http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/06/juiz-israelense-diz-que-algumas-meninas-gostam-de-ser-estupradas.html ( Juíz israelense afima que meninas palestinas gostam de serem estupradas )


* https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2002/020410_chomskycg.shtml ( Sociólogo judeu afirma que Israel comete crimes de guerra e que eles não representam o judaísmo )


* https://www.bbc.com/news/world-middle-east-47399541 ( Provas de que Israel comete crises de guerra contra a população de Gaza )



O que acontece na Palestina é um conflito político e anti imperalista, não religioso.

arquivo: youtube,1993


Acredito que se posicionar em defesa da causa palestina é uma tarefa para todos, especialmente para nós da américa latina, que presenciamos grandes momentos revolucionários em países hispânicos ao longo dos anos, pelo fato de temos esses exemplos de resistência, garantir o apoio e a luta pela causa árabe naquela região é algo muito importante, é entender que somos todos iguais independente de qualquer questão ou desacordo político, é compreender que estamos falando de vidas e não de diferenças religiosas, é se colocar a par de todo o contexto histórico passado que resultou nas complexidades dos dias atuais, é enfim, poder quebrar estereótipos e ampliar fileiras de tolerância e solidariedade à todos os povos do mundo.

Na minha visão, também se é necessário mobilizar cada vez mais os movimentos de esquerda e socialistas, aqui, me dirijo diretamente aos camaradas, que como foi abordado no livro, a união entre as organizações anti imperalistas e de resistências (como é o caso dos movimentos árabes) é o que realmente vai favorecer uma vitória justa contra o sionismo e contra a intervenção americana em países pobres e subdesenvolvidos. A mobilização deve quebrar preconceitos e romper com o discurso centrista de que a palestina é um problema político de israel e da ONU, não, o problema da palestina é mundial, mas também é um exemplo, um claro exemplo de justiça, coragem e ousadia, que se assim seguir, é possível obtermos uma conquista muito maior daquela que imaginamos há alguns anos.


Os capitalistas chamam 'liberdade' à liberdade dos ricos de enriquecer e à dos operários para morrer de fome. Os capitalistas chamam liberdade de imprensa à compra dela pelos ricos, servindo-se da riqueza para fabricar e falsificar a opinião pública. Os capitalistas chamam os imperalistas de corajosos até que eles enxerguem a verdade sobre eles mesmos."

Lênin.




por: Lybia Abaaoud/Beatriz D'angelo


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