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Eleições nos EUA: e se Joe Biden vencer?

Nas últimas semanas, as mídias mundiais vêm monitorando todos os seus holofotes para dar foco a um assunto que vai mexer com as economias e com o mercado internacional. Uma decisão que põe em cheque a diplomacia, as relações de negócio e até mesmo a pandemia. Sim, esse assunto é sobre as eleições americanas, e pode não parecer, mas uma simples decisão de quem assumirá a maior potência do mundo pelos próximos quatro anos, é o suficiente para balançar a política externa.

Ontem (22/10), ocorreu o último debate entre os candidatos a presidência dos EUA, Donald Trump e Joe Biden, esse que já foi vice de Barack Obama, agora entra nas expectativas de muitas pessoas como "aquele que será o próximo presidente norte americano", já que essa semana os EUA bateu um recorde de votação antecipada (o voto está sendo feito pelos correios, algo comum entre os americanos), 28 milhões de cidadãos já registraram seu voto para a decisão final, que acontecerá no dia 3 de Novembro. O debate entre os dois políticos foi tenso e com trocas de acusações que envolviam até mesmo a família Biden.

Mas quem é esse senhor, de cabelos louros, olhos claros e que sempre nos apresenta um semblante plácido?... bem, este é Joseph Robinette Biden, Advogado, senador e vice de Obama entre 2009-2017 , tendo como destaque, seu amplo conhecimento nas economias mundiais, em retórica e já serviu como "ponte" entre inimigos de longa data dos EUA. Biden foi o responsável por reorganizar um encontro histórico entre a ex presidente Dilma e Barack Obama em Washington, após o vazamento de informações sobre a espionagem da CIA em países latino americanos, um deles, o Brasil, em 2013.

Biden também concedeu ao governo brasileiro no início do ano, uma copilação de documentos dos anos 60 que envolviam o exército americano e os antigos ditadores militares, que tinha como objetivo fazer do Brasil, uma cobaia dos norte americanos e também instaurar por aqui um regime cada vez mais duro, aos moldes capitalistas, algo que até hoje, qualquer presidente americano se recusa a falar sobre.

O atual presidente Donald Trump, acusa Biden de se beneficiar pessoalmente com uma polêmica envolvendo o filho de seu rival, Hunter Biden. O republicano lembrou que ele mantinha negócio na Ucrânia e na China, referindo-se a informações publicadas por alguns meios de comunicação e supostamente com base em dados obtidos de um computador de Hunter.

"Se isso for verdade, então ele é um político corrupto", disse Trump sobre o candidato democrata.

Biden negou a veracidade dessa informação e afirmou que há 50 ex-agentes de inteligência americana que apontam que essas acusações fazem parte de um plano russo para prejudicar sua candidatura.

Além disso, Biden contra-atacou falando sobre as declarações de imposto de renda de Trump e seus laços comerciais com a China, citando uma investigação do The New York Times que revelou que o presidente quase não pagou impostos em seu país durante anos, mas o fez no país asiático.

As propostas de Biden diferem bastante das de Donald Trump, claro, especialmente quando o assunto é economia, política externa e imigração, Biden afirmou recentemente que, se eleito, enviaria uma lei ao Congresso para criar um programa de concessão de cidadania para 11 milhões de imigrantes indocumentados e que melhoraria o sistema de saúde ao estabelecer uma opção de seguro de saúde público que geraria mais competição e custos mais baixos. Biden também prometeu um salário mínimo de US$ 15 por hora (cerca de R$ 84). Ele também critica a decisão republicana de construir um muro na fronteira com o México e promete um caminho menos violento para os imigrantes que não cometeram crimes, tenha uma vida mais fácil nos EUA, inclusive, com oportunidades de emprego.

Biden é favorável a uma política mais dura para conter a pandemia em seu país, que hoje é o mais afetado e fechar o acordo de "Green New Deal", que prevê que os EUA tenham economia com energia 100% limpa e zerem as emissões de carbono até 2050." Uma proposta saudável para o meio ambiente e que pode diminuir o aquecimento global, algo que segundo Trump, é inexistente. O candidato democrata propõe que o sistema de justiça criminal dos Estados Unidos seja reformado, com o objetivo de reduzir o número de pessoas presas e eliminar disparidades raciais e de gênero. Entre outras promessas, ele criaria um programa de financiamento para incentivar os estados a diminuir sua população carcerária, descriminalizar a maconha e acabar com a pena de morte, até hoje presente em alguns estados americanos. Biden quer criar programas sociais que visam fazer das minorias, negros, latinos e mulheres, empreendedores em um país dominado pelas elites brancas e muitas vezes, estrangeiras.



O candidato democrata tem um eleitorado majoritariamente Feminino, negro, latino e até de imigrantes. O voto desses públicos é muito importante para o partido de Biden, uma vez que foi isso que favoreceu a candidatura dele e, ao que tudo indica, sua vitória no próximo três de Novembro. Biden está com 51% das intenções de voto em todo o país.

fonte: Mandel Mgan/AFP


Em um país onde o voto não é obrigatório, o sistema eleitoral norte americano precisar apelar para a "Time" fazer uma edição histórica com o logotipo "Vote", não é novidade para um país em que a eleição é sempre uma polêmica e cercada de conspirações. Ao que tudo indica, Biden irá ganhar a corrida presidencial e o partido democrata trará propostas bem mais diferentes do que a de seus últimos presidentes, como por exemplo, o meio ambiente.

E sobre a relação com o Brasil? Bem, isso não é um assunto muito fácil, uma vez que com a chegada de Bolsonaro a presidência no ano passado, não demorou muito para o Brasil se tornar um tapete para os imperialistas. O Brasil não tem problemas em manter relações com outros países, independente do Viés do atual presidente, mas sabemos claramente a importância que Bolsonaro vê nos EUA com Trump no poder, alguém que pensa como ele e consegue o convencer das coisas mais absurdas, como os "perigos da vacina comunista chinesa" e da "ameaça" do Socialismo latino americano, uma vez que Stalin já morreu há muito tempo para ressuscitarmos os "perigos" do socialismo soviético por aqui. Porém com Biden, a diplomacia pode não seguir a mesma, sendo que o democrata já apontou vários erros na gestão Bolsonaro desde 2019 e é um critico ferrenho de suas decisões para conter a pandemia e acabar com as queimadas pelo país. Talvez um bom intermédio entre esses dois mundos possa fazer prevalecer nosso título de "o país que não tem brigas com ninguém" e fica fora dos assuntos externos para evitar interferências desnecessárias, como por exemplo, a invasão de uma nação. Tudo dependerá muito de quem irá assumir a presidência brasileira em 2023, já que, no meu bom e velho ceticismo, ouso acreditar que a américa latina está afundando para o pior com a consciência de classe e política que tem balançado nosso continente nos últimos dias, meses e anos... Faça a América Sorrir de novo, esse deve ser o lema.


Por: Lybia Abaaoud/Beatriz D'angelo


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*https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/5-propostas-de-joe-biden-para-os-estados-unidos/




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