Al Quds Day: Como a luta do povo Palestino se tornou motivo de memória mundial?
- thesidearticles
- 7 de mai. de 2020
- 3 min de leitura
O artigo publicado abaixo foi escrito por mim a pedido da comunidade islâmica xiita de São Paulo. O texto será uma explicação do dia mundial de Jerusalém, capital indivisível da Palestina histórica, e servirá de material complementar para o Post de resenha "Por que ler a questão Palestina e se interessar pela causa?".
Al Quds Day, ou “Dia de Jerusalém”, é uma data celebrada mundialmente em memória do povo Palestino e de toda sua resistência frente a ocupação Israelense. A data é lembrada normalmente na última sexta feira de Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos, e balança as redes socias com Hashtags diversas em apoio ao povo árabe.
Recentemente, publiquei em meu site um artigo de resenha explicando o Porquê de você, leitor, ler o livro “A questão Palestina” de Marcelo Buzetto e se interessar pela causa que hoje, toma conta dos noticiários e infelizmente, costuma chegar para nós do ocidente, carregada de estereótipos.
* https://thesidearticles.wixsite.com/website/post/por-que-ler-a-quest%C3%A3o-palestina-e-se-interessar-pela-causa (Acesse para saber mais sobre o tema).
Retomando um pouco a questão, sabemos que hoje a Palestina é governada por um regime sionista e racista, que não aceita que o povo árabe, que vive alí há séculos, tenham os mesmos direitos e deveres que os Judeus que chegaram naquela região em massa apenas no fim dos anos 40, e sem trégua, vêm travando uma luta árdua para apresentar ao mundo um Estado “laico e democrático” e outro “Terrorista e intolerante”, como se não fosse o contrário.
Devido a pandemia do novo Coronavírus, manifestações pró Palestina foram canceladas, no entanto, alguns movimentos de Esquerda e jovens que prezam pela causa, estão organizando Lives e artigos para serem publicados na data e chamar a atenção do mundo para a situação desse povo oprimido. Normalmente, é possível vermos protestos em favor da Palestina em diversos países, manifestantes com a bandeira das quatro cores, posicionados nas ruas de grandes cidades, gritando e clamando um basta pela violência Israelense contra os árabes, o que chama atenção e encanta ao mesmo tempo, é a expressão dos jovens, eles sempre são maioria em protestos como esse e isso só nos mostra a importância da juventude nas causas solidárias e revolucionárias. Inclusive, deixo meu agradecimento aos companheiros de Esquerda, que são muito ativos na causa e nos ajuda a divulgar o problema que acontece hoje na Palestina, algo que a mídia não costuma mostrar.
Os muçulmanos xiitas costumam lembrar e explicar a importância do Dia de Jerusalém através das citações do Imam Khomeini, ex Aiatolá do Irã.
"Todos devemos saber que os objetivos do grande governo para criar Israel não só termina a ocupação da Palestina eles estão pensando que todos os países árabes são confrontados por este destino ".
"Palestina pertence ao mundo islâmico e nenhuma pessoa ou governo tem o direito de aceder a uma parte de terra palestina".
"Eu peço à todos os povos e governos islâmicos para se juntarem e ajudar a mostrar ao mundo, as atrocidades cometidas pelos colonizadores e seus aliados. convido todos os muçulmanos na última sexta-feira do mês do Ramadã, a gentilmente tomarem as ruas e protestarem contra os crimes de Israel em apoio dos direitos dos palestinos "
Os ditos acima são desse grande e sábio aiatolá.
Comemorar e divulgar o dia de Al Quds é um grande salto para revelar ao mundo as injustiças cometidas não apenas contra o povo da Palestina Ocupada, mas também de povos ao redor do mundo, como os da América Latina, da África, do Oriente médio como um todo e também em alguns países asiáticos, que não permitem uma liberdade religiosa e étnica justa para seus habitantes, algo que infelizmente não causa nenhuma comoção mundo afora.
Vamos erguer os estandartes da tolerância e da libertação dos povos, fazer com que o mundo seja um lugar mais tranquilo e menos perverso contra aqueles que são diferentes e simplesmente querem viver em paz. Vamos mostrar que os tempos de obscuridade, injustiça, colonialismo e repressão já cessaram, ou melhor, já deveriam ter sido cessados. Só assim, nos unindo e levantando a voz, que faremos uma revolução com mais palavras e menos papéis.
Por: Lybia Abaaoud/Beatriz D'angelo.
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